Fui
incumbida novamente a escrever no Mulas, e o faço lisonjeadamente.
Hoje
resolvi dissertar mais como um ‘papo-cabeça’ do que como artigo, em si.
Há
tempos atrás, fui questionada a respeito da minha fé. O curioso sujeito me
indagou a cerca de coisas que com certeza, se você é um cristão protestante,
também já foi indagado. “Você sai?” “Você bebe?” “Você dança?” Entre outras
questões foram disparadas, diretamente da curiosidade alheia. E quanto mais eu
respondia, mais dúvidas lhe surgiam.
Na
verdade, essas questões já me foram perguntadas outras vezes, mas desde que
respondi ao amigo interessado, fiquei pensando sobre as respostas que lhe dei,
e o que o fizera ter tais dúvidas.
O que
me incomodou, na verdade, era a ideia padronizada que o dito cujo tinha em sua
mente sobre quem confessava Jesus, e a questão que balançou meu coração foi: o
que as pessoas veem em nós?
Pois
essas perguntas fizeram com que eu me confrontasse comigo mesma. Os cristãos
são conhecidos pelos seus hábitos diferentes. Não que isso seja errado, é claro
que precisamos ter bom testemunho e boa conduta. Mas o bom testemunho e boa
conduta não se resumem a obedecer e agir através de regras básicas, costumes
transmitidos por gerações. Mas meu desejo não é me apegar ao verdadeiro sentido
de seguir ou não essas regras e costumes. A questão que me atrai agora é o que
nos faz diferentes, e através do que chamamos essa ‘atenção’ toda, quando manifestamos
nossa fé.
Toda
a bíblia nos conta a história de um Deus que tanto nos amou que foi capaz de
servir. Sim, Cristo veio para servir, dando sua vida para o resgate de muitos.
Devemos a Ele o fato de termos a verdadeira vida. Quando eu digo ‘verdadeira
vida’, me inunda o coração dessa sensação que só quem conhece Cristo vive – a
vida abundante.
No
nosso dia-a-dia cristão, muitas vezes fazemos as coisas metodicamente,
procurando agir de modo regrado ou mesmo acostumados por hábitos que julgamos
corretos. Mas, e o que Cristo espera de nós?
João 13: 34 . “Um novo mandamento vos dou: Que vos ameis uns aos
outros; como eu vos amei a vós, que também vós uns aos outros vos ameis.”
O que
Jesus realmente nos mostrou e que nos mandou foi que amássemos. A história de
Cristo é uma história de serviço, de lavar os pés, e de morrer a cruz em favor
de quem não merecia. A história de Cristo é a história de perdoar setenta vezes
sete, e de dar a outra face para ser esbofeteada. O que Jesus nos ensinou e o
que Ele espera de nós é que chamemos atenção do mundo por amar de forma
diferente, por servir ao próximo mesmo que ele não mereça.
Gálatas 5:13-14. “Porque vós, irmãos, fostes chamados à
liberdade. Não useis então da liberdade para dar ocasião à carne, mas servi-vos
uns aos outros pelo amor. Porque toda a lei se cumpre numa só palavra, nesta:
Amarás ao teu próximo como a ti mesmo.”
Na
realidade, ninguém pode dar o que não tem. Se odiamos, ou desprezamos, ou
revidamos, então o ódio, o desprezo e a vingança existem dentro de nós. Se
damos o que temos, eis que devemos dar amor.
Tiago 4: 17. “Aquele, pois, que sabe fazer o bem e não o faz,
comete pecado.”
Ora,
porque somos conhecidos? O que eu quero salientar aqui, na verdade, é que
deveríamos chamar atenção pela característica principal que nos chamou para
Cristo: o amor.
Desejo
que alguma vez na vida, eu seja invadida por dúvidas como: “Então você ama ao
próximo?” “Então você pratica o bem acima de qualquer coisa?” “Então você
escolhe servir ao ser servido?” ... O que na verdade, espero, é que um dia os
cristãos sejam reconhecidos por todo o mundo como uma comunidade que exala o
amor, que vive o amor, e que chama atenção pelo amor.