De acordo com o calendário Maia, a data marca o fim de um ciclo de 5.125 anos. Para os mais catastrofistas, o encerramento do período poderia significar o “fim do mundo”, com terremotos, tsunamis e enchentes por todo o planeta.
Há dois anos, Colla se aprofunda em teorias da geofísica e da astrofísica, além de estudos encontrados na internet. Ele afirma que países de primeiro mundo estão se preparando para possíveis catástrofes, enquanto o Brasil ficou de fora. “Não podemos ficar sentados chupando sorvete e esperando acontecer alguma coisa. Temos de agir”, disse o prefeito, que tem 67 anos, ao G1.
Segundo ele, o município já recebe novos moradores que temem ver confirmada a profecia dos maias, apesar de ainda não saber informar o número de pessoas. Se pudesse, o homem que administra o município garante que já teria adotado medidas prevenindo a população. “Como homem público, fica difícil fazer alguma coisa no momento. Não posso nem estocar a merenda escolar, pois tenho que apresentar as contas zeradas no final de cada mês.”
“Mesmo quem não acredita, deve estar preparado. Há inúmeros fatores que levam a gente a pensar que isto pode se confirmarEm outros países já existe esta preocupação, menos no Brasil. Não estamos nem aí sobre estas explosões solares que atingem nosso planeta”, alertou.
Apesar de não ser uma postura oficial do município, a orientação que o prefeito passa aos moradores é que mantenham em casa sempre uma reserva considerável de sal, arroz, feijão e água. Ele lembra que, em grandes desastres, produtos e serviços desaparecem, deixando a população sem condições de sobrevivência. “Na minha casa, vou estar preparado para ficar de dois a três meses sem serviço nenhum. Pelo menos um mingauzinho eu vou ter para comer”, garantiu.
Comerciante estoca mantimentos
Comerciante no município, Luiz Henrique Valim é um exemplo de morador que já toma medidas caso alguma catástrofe realmente aconteça. Em casa, ele afirma ter um estoque capaz de alimentar 50 pessoas por um ano. Segundo ele, são 108 quilos de arroz, 40 de feijão, 108 metros de tecido, entre outras coisas.
Além de prefeito de São Francisco de Paula, Décio Colla também é médico e trabalha em hospitais da região serrana do estado. Para ele, estas explosões solares que atingem a Terra podem ser um indício de que o planeta está entrando em uma nova fase. “Os biofísicos sabem que todo nosso sistema planetário está se transformando. Com estas mudanças, é possível sim que ocorram estes desastres naturais.”
Por estar muito acima do nível do mar, é muito difícil que um tsunami alcance a Serra do Rio Grande do Sul. Mesmo assim, o prefeito diz que a região não está livre do perigo. “O que pode atingir a Serra são tremores, tempestades, coisas desta natureza. De qualquer forma, temos de estar preparados”, afirma. “É claro que cada um toma a sua decisão. O que eu quero é ter a consciência tranquila, porque se eu tenho uma série de informações, tenho que repassá-las”, completou.
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Direto do G1.
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