14 de julho de 2014

Alemanha: O Exemplo!


   Não há palavras para descrever a decepção deste jogo. Sinceramente, não chorei. Eu ri.
Sabe aquele riso falso? Cético? Bem esse. Nunca chorei pela seleção, apenas tive olhos marejados ou, melhor dizendo, o suor hétero nos olhos.
   Em jogo parecido, apenas menos humilhante, foi o de 2006 quando o time comandado por Parreira (auxiliar de Felipão nesta Copa de 2014) perdeu para a França com gol de Thierry Henry no lançamento de Zinedine Yazid Zidane.

Foi tosco!

   Um time com Ronaldo, Ronaldinho Gaúcho, Kaká e Adriano formando o famoso quadrado mágico não rendeu o esperado e perdeu para uma França que chegaria a final perdendo para a Itália.
   Depois daquele jogo eu disse a mim mesmo: Não choro mais!
Marejei na despedida do Fenômeno. E só!

Na ultima terça-feira, eu ri.

   Pois eu via com clareza a ignorância, a soberba de um líder superestimado que devido a conquistas passadas, tampa os ouvidos e deixa-se cegar pelo seu próprio orgulho.
   Eu ri da aula de futebol que levamos e a advertência urgente de que: há tempos, não somos mais o país do futebol.
   O bem da verdade, é que o verdadeiro país do futebol é a Inglaterra, onde tudo começou. Lugar esse em que a cada cidade tem um time de futebol com um estádio e uma torcida extremamente fanática que defende com unhas e dentes suas cores. O príncipe Willian, por exemplo, não torce pelos grandes Manchester United e City nem muito menos para Chelsea, Arsenal ou Liverpool. Mas para o mediano Aston Villa.
   
   O campeonato inglês não se resume à primeira, segunda e terceira divisão. Vai até a décima primeira divisão. São organizações diferentes, mas que conectam entre si.
Ou seja, um time da 6ª divisão pode ainda tranquilamente enfrentar algum grande, desde que consiga subir de divisão! ( ou o grande descer!)
É a organização, o planejamento.
Algo que quase em tudo, não existe no Brasil.

   O Brasil pecou pela soberba. A Alemanha vinha crescendo. 2006, 2010 e agora..  tá ai!
   Na penúltima Liga dos Campeões tivemos uma finalíssima alemã entre Borussia Dortmund e Bayern Munique. Na semifinal, o Borussia eliminou ninguém menos que o Real Madrid de Cristiano Ronaldo. Já o Bayern mandou embora o já em decadência poderoso Barcelona de Lionel Messi.



   Ontem, dia 13 de Julho de 2014 aprendemos que o “jeitinho”, não vai longe. 

   Achávamos que aos trancos e barrancos chegaríamos ao Hexa. Não chegamos.

Além do futebol, a vitória da Alemanha foi uma vitória, e de goleada, do planejamento, da educação, da persistência e da perseverança. Somado ao desejo de mudança e a escolha de mudar. E eles mudaram. O fruto da mudança?

  Um título mundial. Merecido.


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