Não há palavras para descrever a decepção deste jogo. Sinceramente, não chorei. Eu ri.
Sabe aquele
riso falso? Cético? Bem esse. Nunca chorei pela seleção, apenas tive olhos
marejados ou, melhor dizendo, o suor hétero nos olhos.
Em jogo parecido,
apenas menos humilhante, foi o de 2006 quando o time comandado por Parreira (auxiliar
de Felipão nesta Copa de 2014) perdeu para a França com gol de Thierry Henry no
lançamento de Zinedine Yazid Zidane.
Foi tosco!
Um time com
Ronaldo, Ronaldinho Gaúcho, Kaká e Adriano formando o famoso quadrado mágico
não rendeu o esperado e perdeu para uma França que chegaria a final perdendo
para a Itália.
Depois
daquele jogo eu disse a mim mesmo: Não choro mais!
Marejei na
despedida do Fenômeno. E só!
Na ultima
terça-feira, eu ri.
Pois eu via
com clareza a ignorância, a soberba de um líder superestimado que devido a
conquistas passadas, tampa os ouvidos e deixa-se cegar pelo seu próprio
orgulho.
Eu ri da
aula de futebol que levamos e a advertência urgente de que: há tempos, não somos
mais o país do futebol.
O bem da
verdade, é que o verdadeiro país do futebol é a Inglaterra, onde tudo começou.
Lugar esse em que a cada cidade tem um time de futebol com um estádio e uma
torcida extremamente fanática que defende com unhas e dentes suas cores. O
príncipe Willian, por exemplo, não torce pelos grandes Manchester United e City
nem muito menos para Chelsea, Arsenal ou Liverpool. Mas para o mediano Aston
Villa.
O
campeonato inglês não se resume à primeira, segunda e terceira divisão. Vai até
a décima primeira divisão. São organizações diferentes, mas que conectam entre
si.
Ou seja, um
time da 6ª divisão pode ainda tranquilamente enfrentar algum grande, desde que
consiga subir de divisão! ( ou o grande descer!)
É a
organização, o planejamento.
Algo que
quase em tudo, não existe no Brasil.
O Brasil
pecou pela soberba. A Alemanha vinha crescendo. 2006, 2010 e agora.. tá ai!
Na
penúltima Liga dos Campeões tivemos uma finalíssima alemã entre Borussia
Dortmund e Bayern Munique. Na semifinal, o Borussia eliminou ninguém menos que
o Real Madrid de Cristiano Ronaldo. Já o Bayern mandou embora o já em
decadência poderoso Barcelona de Lionel Messi.
Ontem, dia
13 de Julho de 2014 aprendemos que o “jeitinho”, não vai longe.
Achávamos que aos
trancos e barrancos chegaríamos ao Hexa. Não chegamos.
Além do futebol, a vitória da Alemanha foi uma vitória, e de goleada, do planejamento, da educação, da persistência e da perseverança. Somado ao desejo de mudança e a escolha de mudar. E eles mudaram. O fruto da mudança?
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